domingo, 11 de novembro de 2007

Utopia Aparente

O mundo está em chamas. Só nos resta algumas portas e um potinho de coragem. Como uma criança que não tem idéia dos perigos que corre, saio por aí sem medo com a vontade suprema de mudar a realidade que me cerca. Ali naquele mundo cheio de fumaça eu sou forte, e em meio a milhões de pessoas despreparadas, sinto-me capaz de voar, de chegar aos céus com apenas um pulo! Sinto as borboletas, o aconchego; ouço os estrondos tão agradáveis, reparo nos fogos de artifício que vão sendo estourados lá fora... chuva nenhuma tira desse espetáculo o brilho que lhe pertence! A noite brilha porque deve brilhar, e nada que palavras perdidas em linhas retas façam irá mudar a decisão de gotas pluviais destinadas a tocar corações! Mas de repente todo esse brilho é suspenso e, juntamente com os tambores matutinos anunciativos, chegam as correspondências. Notícias ruins sempre chegam rapido demais, e antes mesmo que eu durmisse, já sonhava que fantasias cubrissem meus verdadeiros dias.

É com o sonho de não encontrar mais esses avisos ao lado da minha cama que eu tenho ido dormir todas as noites... é o brilho e a mágica desse espetáculo interno diário que me fazem querer dormir todos os dias, até porque, de tão intensos que vêm se apresentando em mim, estes espetáculos me fazem acreditar que um dia será 'sempre assim'!